quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Poema Frevo

Frevo, grande amigo Frevo, nem ao menos te conheço
ou talvéz te desconheço de outra vida que tive
já está na minha essência, chora melodias, és fervura, descência
deixa-me feliz
Cada vez que mexes comigo
faz meu corpo criar sentido
em cada gesto, cada passo
no compasso me diz:
entre becos e ruas eu nasci,
através da capoeira, mãe capoeira, aprendi
trouxe comigo sua história
estou aqui
me pega, me dança
faz de mim tua cultura, herdada das ruas daqui
Trabalhadores desta terra criaram meus passos
dos seus instrumentos de trabalho
fez nascer esse laço
de emoção, motivação, que a dança permite
Adorado Frevo, jamais morrerá
harmonia em sua totalidade existe
é nosso lar
aqui, agora!

- Sara Holanda
PINTURA: Conceição da Silva

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